APDCA – Há quanto tempo está no setor dos automóveis usados e como se tornou sócio da APDCA?
Ricardo Oliveira – Estou no ramo dos usados há quase cinco anos e sou sócio da APDCA desde o começo. Aliás, a primeira coisa que fiz que quando pensei entrar para o setor foi procurar uma Associação que me representasse e a APDCA era a escolha óbvia. Ainda fiz parte do grupo inicial de associados e tenho vindo a acompanhar a evolução da Associação com muito interesse e empenho.
APDCA – Já tirou partido de algum serviço da APDCA? E protocolos, já usufrui das vantagens que oferecem?
RO – Além de realçar a disponibilidade permanente para me apoiarem sempre que precisei de alguma informação ou esclarecimento, seja através do apoio jurídico e contabilístico ou até de um simples telefonema para a Sandra, quero destacar, no meu caso em particular o Certificado Digital, ferramenta que utilizo desde a primeira hora e que resulta do acordo que temos com a Multicert. Mas também com a importante mais-valia financeira que representa o acordo com a Tranquilidade para o seguro garagista ou até o seguro de intermediário de crédito. São inúmeros os protocolos vantajosos e que, só por si, pagam a quota anual da Associação e ainda representam um importante income financeiro.
APDCA – Quais são os desafios com que se depara diariamente e como avalia o papel da APDCA na solução dos mesmos?
RO – Eu sou daqueles associados que se revê por completo na APDCA e no papel, meritório, que os seus representantes desempenham na sensibilização dos problemas que o setor atravessa. Obviamente que a questão das garantias é um “novo” desafio e que tem provocado muita polémica pela ambiguidade do Decreto-Lei e pelas diferentes interpretações que o mesmo provoca. Mas há vários outros problemas que já vêm do passado. Na anterior Convenção, no Estoril, todos ouvimos o Secretário de Estado, Engenheiro João Torres, a concordar com a avaliação feita pela APDCA, mas depois as palavras não se traduziram na prática. Sei que a Associação tem tido vários encontros ao nível das Bancadas Parlamentares, e que até marcou presença numa Comissão na Assembleia da República, espero que, agora sim, estes esforços encontrem a aplicação prática que tanto desejamos. Seja na criação da bem-dita Carteira Profissional, no combate à concorrência desleal dos falsos “particulares” ou até no esclarecimento devido da Lei das Garantias e na adoção das medidas propostas para proteger o setor de um Decreto-Lei desproporcional e que poderá levar ao encerramento de muitas empresas.
O Programa de Certificação é outra ferramenta que considero fundamental para responder à dita Lei das garantias, nomeadamente na questão da conformidade do bem. Espero, honestamente, que os restantes associados reconheçam a mais-valia que este representa e que adiram com maior fervor ao Programa Usado Certificado.
APDCA – O Ricardo Oliveira é um convicto defensor do associativismo e leva à letra o lema “juntos somos mais fortes”. Que apelo deixaria aos empresários do setor para reforçar a necessidade de se juntarem na defesa dos desafios que são comuns?
RO – Sim, não escondo que sou um defensor acérrimo do associativismo porque vejo na união de todos nós uma força que, infelizmente, muitos ainda não reconheceram.
O apelo que deixo a todos os empresários do setor é que se unam em torno da única Associação que representa exclusivamente esta área de atividade. Só com a força dos números ganhamos relevância e força institucional para fazermos valer os nossos pontos de vistas. Num mundo globalizado, faz cada vez mais sentido que nos unamos em torno das soluções preconizadas para os desafios que não são apenas meus, são de todos os empresários do setor.
Mas a importância da Associação não se esgota na força do número. É importante que os associados se envolvam no dia a dia da Associação. Agradeço, genuinamente, o trabalho desenvolvido pelos membros da direção que, abdicando do seu tempo, do tempo para as suas empresas, se esforçam para levar por diante os objetivos a que se propuseram. Até por isso, temos de apoiar a APDCA na angariação de novos associados, na sugestão e na criação de pontes com empresas que possam originar novos protocolos e de darmos o feedback sobre os desafios individuais que enfrentamos, até pela desigualdade no acesso a ferramentas de apoio ao longo de todo o território nacional.